domingo, 25 de junho de 2017

GOVERNO DE DEUS, O



GOVERNO DE DEUS, O – Esse termo não é encontrado na Escritura, mas a verdade que ele transmite certamente é. Os que ensinam sobre a Bíblia usam o termo para indicar o trato providencial de Deus para com os homens, positiva ou negativamente, como consequência da maneira com que agem na vida. Isso acontece na vida daqueles que são salvos, bem como na daqueles que estão perdidos. Gálatas 6:7-8 dá o princípio geral de como o governo de Deus funciona. Diz: “Não vos enganeis; de Deus não se zomba. Pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará: porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará vida eterna” (TB). Isso nos mostra que há consequências para nossas ações, tanto para o bem quanto para o mal – embora talvez não sintamos os resultados imediatamente.
Como mencionado, existem dois lados do governo de Deus – o que é positivo e o que é negativo – com relação ao que experimentamos em nossa vida, e poderiam ser chamados:
  • Juízo governamental.
  • Bênção governamental. 
Uma vez que “todo o poder” foi dado ao Senhor “no céu e na Terra” (Mt 28:18), Ele pode fazer com que coisas boas, assim como permitir que coisas ruins, ocorram na vida dos homens de acordo com suas obras. Ele pode “cercar” o caminho do transgressor com juízos governamentais em formas de dificuldades, problemas, tristezas, doenças etc., a fim de deter seu caminho rebelde e produzir arrependimento (Os 2:6-7). O apóstolo Pedro advertiu que se formos descuidados e andarmos na impiedade, daremos causa à ação de Deus “o Pai” em nossa vida em um sentido de juízo. Ele, “sem acepção de pessoas, julga segundo a obra de cada um” (1 Pe 1:16-17). Veja também 1 Co 11:29-32; 1 Pe 3:12b; Tg 5:20b; 1 Jo 5:16b. Deus também pode usar Seu poder para ordenar circunstâncias felizes e abençoadas na vida dos homens que fazem o bem, e assim, eles recebem “bênção por herança” (1 Pe 3:9 – TB) na vida de forma prática para “ver os bons dias” (1 Pe 3:10-12a; Ef 6:1-3). Os Provérbios enfatizam os caminhos de Deus no governo para com os homens, para o bem ou para o mal – dependendo das ações de cada um. É um tema fundamental que percorre todo esse livro.
É interessante notar que a extensão das relações governamentais de Deus com os homens em julgamento pertence apenas ao seu tempo neste mundo e não afeta seu destino eterno. No entanto, as ações governamentais de Deus referentes às bênçãos em conexão com os crentes podem ser desfrutadas agora nesta vida, e em muitos casos também serão levadas para a eternidade (Gl 6:8). Tal é a bondade de Deus. Além disso, se trouxermos sobre nós o juízo governamental de Deus, haverá também o perdão governamental de Deus (Mt 18:26-27; Lc 7:48; Jo 5:14; Tg 5:15; Sl 103:10-11). Isso tem a ver com Deus retirar o Seu juízo governamental, sobre qualquer forma que tenhamos sentido esse julgamento, por nos termos arrependido. O Senhor pode escolher deixar que continuemos sentindo os efeitos de Seu julgamento governamental, mesmo quando houver um arrependimento real, porque Ele conhece as tendências de nosso coração, e assim nos mantém em dependência, com a finalidade de impedir que saiamos do caminho novamente. A comunhão será restaurada, mas os efeitos de nossas ações podem continuar a ser sentidos (2 Sm 12:10). Seja qual for o caso, Deus não comete erros no que Ele faz conosco, pois Seus caminhos são perfeitos (Sl 18:30). (Veja: Perdão Governamental)
Muitos Cristãos têm uma visão desequilibrada do assunto do governo de Deus. Eles veem apenas o lado do julgamento, mas isso está desequilibrado. Ao se referir a alguém que se rebelou contra Deus, eles poderiam dizer: “fulano de tal está sob o governo de Deus” – não percebendo que o governo de Deus tem a ver com Sua boa mão de bênção na vida de uma pessoa também. A verdade é que todos os Cristãos estão sob o governo de Deus – e devemos ser gratos por isso!
Os homens do mundo chamariam o governo de Deus de “karma” (um termo da religião “oriental”), mas eles não são sinônimos. O “karma” vê os caminhos de Deus com os homens de uma perspectiva cheia de superstição e não leva em consideração o perdão governamental de Deus, que nem sempre trabalha negativamente com aqueles que fazem o mal, quando vê o arrependimento neles.

Nenhum comentário:

Postar um comentário