segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

SANTOS E PECADORES


SANTOS & PECADORES – Um “santo” é “alguém separado” ou “alguém santificado”. Todos os que conhecem o Senhor Jesus Cristo como seu Salvador são santificados (posicionalmente) e, portanto, são santos.
Romanos 1:7, em algumas versões, diz: “Chamados para serem santos”, mas as palavras “para serem” estão em itálico, indicando que não estão no texto grego e foram adicionados pelos tradutores para ajudar a leitura da passagem. Infelizmente, isso muda o significado e faz da santidade um objetivo a ser alcançado em algum momento no futuro. (Este é um erro católico romano. Eles ensinam que se uma pessoa se mantém fiel a esse sistema, depois que deixa este mundo pela morte, pode ser promovida para a posição especial de ser santo). O texto deve simplesmente ser lido “chamados santos”. Isso significa que uma pessoa se torna um santo obedecendo à chamada do evangelho. Não é algo que esperamos ser, mas algo que a Palavra de Deus diz que somos pela graça de Deus. Não há uma Escritura sequer que nos diga para tentar alcançar a santidade, mas há Escrituras que nos dizem que todos os crentes são santos, mesmo enquanto ainda vivem neste mundo. No entanto, algumas pessoas pensam que é um sinal de humildade se recusar a já se chamar a si mesmos santos, mas não é orgulho nem presunção crer na Palavra de Deus. Na verdade, um crente que se recusa a se chamar santo está, de fato, negando a verdade da Escritura.
Um “pecador”, na Escritura, é uma pessoa que não é salva. No entanto, quando alguém é justificado, é libertado de todas as acusações do pecado por ser trazido para uma nova posição diante de Deus, na qual Deus já não o vê na posição de pecador, mas sim como um santo. Portanto, crentes falarem de si mesmos como “pobres pecadores” está abaixo da dignidade de sua posição perante Deus e isso, realmente nega a verdade do que somos como filhos de Deus. Em certo sentido, diminui o valor da obra de Cristo que nos salvou e nos colocou nessa nova posição de favor como “santificados em Cristo Jesus” (1 Co 1:2). Não estamos dizendo que os Cristãos não deveriam usar o termo “pecadores” em relação a si mesmos, mas que devemos dizer que já fomos pecadores.
W. Kelly disse: “Algumas pessoas falam de ‘um pecador crente’, ou falam de adoração oferecida a Deus por ‘pobres pecadores’. Muitos hinos, de fato, nunca colocam a alma para além desta condição. Mas o que se entende por ‘pecador’ na Palavra de Deus é uma alma completamente sem paz, uma alma que pode talvez sentir a sua necessidade de Cristo, sendo vivificada pelo Espírito, mas sem o conhecimento da redenção. Não é correto negar o que os santos são à vista de Deus” (Lectures on the Epistle to the Galatians, pág. 47).
O Sr. Kelly também disse: “Existe entre muitas pessoas evangélicas um mau hábito de falar sobre ‘pecadores salvos’. Para mim, não é apenas inexato, mas enganoso e perigoso. A Escritura não reconhece algo como um ‘pecador salvo’. Podemos nos alegrar por um ‘pecador salvo’ se conhecemos a misericórdia em nossa alma, mas se consentirmos com a frase – um ‘pecador salvo’, o efeito moral disso é que, embora já salvo, ele ainda é livre para pecar... É perfeitamente verdade que, quando Deus começa a tratar com alguém, certamente começa com ele sendo um pecador, mas Ele nunca termina aí. Não conheço nenhuma parte da Palavra de Deus em que um crente, a não ser talvez em um estado de transição, seja chamado de ‘pecador’.... É evidente que ser um santo e pecador ao mesmo tempo é simplesmente uma clara contradição. Em suma, a Sagrada Escritura não sanciona tal combinação, e quanto mais cedo nos livrarmos de tais frases, que não merecem um nome melhor do que uma hipocrisia religiosa, será melhor para todos” (Lectures Introductory to the New Testament, págs. 213- 214).

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Há uma exceção em Tiago 5:19-20, onde ele chama um crente que falha de “pecador”, mas não no sentido de sua posição, como Paulo e Pedro usam o termo. Tiago está falando sobre o que caracteriza um crente que persiste em seguir um curso de pecado em sua vida.

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