quinta-feira, 11 de maio de 2017

CIRCUNCISÃO


CIRCUNCISÃO - Deus instituiu a circuncisão como um sinal de Sua aliança com Abraão e seus descendentes, com objetivo de abençoá-los na terra de Canaã (Gn 17:10-11). Os judeus entenderam isso como uma garantia irrevogável da bênção de Deus sobre eles (Gn 15:5, 17:10). Uma vez que estavam nesse relacionamento com Deus, eles acreditavam que seria impossível para eles a perdição eterna, porque Ele estaria negando Sua Palavra se eles acabassem perdidos.
No entanto, em Romanos 2:25-29, Paulo explica que a circuncisão não abrigará ninguém do julgamento eterno de seus pecados, da mesma forma que confiar na Lei não o fará. Ele mostra que um judeu precisava ter mais do que o sinal exterior da circuncisão em seu corpo para ser um verdadeiro judeu aprovado por Deus. Ele diz: “Porque não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que o é exteriormente na carne, Mas é judeu o que o é no interior, e circuncisão a que é do coração, no espírito, não na letra: cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus”. Os judeus tinham “circuncisão que é exterior na carne”, mas eles também precisavam da “circuncisão que é do coração”, que envolvia ter fé, para que seu destino eterno estivesse assegurado.
A circuncisão é um sinal visível que promete bênção visível para Abraão e seus descendentes. Ela estava conectada com bênçãos temporais, tais como: posse da terra de Canaã, produção abundante nas colheitas, boa saúde, proteção de seus inimigos terrestres etc. Essas coisas temporais têm a ver com a vida na Terra sob o favor de Deus. Os judeus, entretanto, estavam erroneamente confiando no rito da circuncisão, que está relacionado com a bênção temporal, e imaginavam que ele assegurava a sua bênção eterna.
Os judeus não estão sozinhos nesse equívoco. Muitos Cristãos professos também confiam em coisas e ritos exteriores, tais como: batismo, ser membro de uma igreja, votos de confirmação etc., mas essas coisas também não garantirão a bênção eterna de ninguém. Paulo se refere à circuncisão de três maneiras em suas epístolas:
  • Representa os judeus nacionalmente, em oposição aos gentios que são considerados como a incircuncisão (Rm 2:26-27, 15:8; Gl 2:8-9; Ef 1:11).
  • Indica o rito em si mesmo – o literal procedimento cirúrgico realizado no corpo (Rm 2:28, Gn 17:11).
  • Representa uma vida de fé para Deus que é separada da atividade da carne (Rm 2:29; Fp 3:3).

Nenhum comentário:

Postar um comentário