sexta-feira, 26 de maio de 2017

FILHO ETERNO, O

FILHO ETERNO, OEste termo não é encontrado na Escritura, embora a verdade que ele transmite certamente é. Refere-se ao relacionamento de Cristo na Divindade como Filho, como sendo aquilo que tem existido eternamente. Não se refere à eternidade de Seu Ser, mas à eternidade de Sua Filiação. Alguns erroneamente pensam que embora Ele existisse eternamente como uma das Pessoas na Divindade, Ele não Se tornou o Filho até Sua encarnação. Esse erro é chamado de “Filiação Temporal”. As seguintes passagens indicam que a Filiação de Cristo é eterna:
Provérbios 30:4 indica que a Filiação de Cristo não só existia antes de Sua encarnação, mas que existia antes mesmo da criação do mundo!
Colossenses 1:13-16 e Hebreus 1:1-2 afirmam que Cristo, como Filho de Deus, criou o mundo, provando assim que Sua Filiação existia muito antes de Ele ter entrado neste mundo como um Homem.
Isaías 9:6 e João 3:16 também indicam que a Filiação de Cristo existia antes que Ele viesse a este mundo. Esses versículos afirmam que o Filho de Deus foi “dado”, e para que algo seja dado, primeiro deve existir. Do contrário, a palavra “dado” perde seu significado.
Muitas passagens da Escritura (especialmente no evangelho de João) atestam o fato de que Cristo, como Filho de Deus, foi “enviado” pelo Pai. Novamente, isso demonstra que a Filiação de Cristo tinha que ser preexistente à Sua Humanidade, caso contrário, “enviado” também perderia seu significado. Veja Mc 12:6; Jo 3:17, 3:34, 4:34, 5:23-24, 30, 36-38, 6:29, 38-40, 44, 57, 7:16, 18, 28-29, 33, 8:16, 18, 26, 29, 42, 9:4, 10:36, 11:42, 12:44-45, 49, 13:16, 20, 14:24, 15:21, 16:5, 17:3, 18, 21, 23, 25, 20:21; At 3:26; Rm 8:3; Gl 4:4; 1 Jo 4:9, 10, 14.
J. N. Darby disse: “Se eu não tenho a Ele como Filho antes do Seu nascimento no mundo, perco tudo o que o Filho é. Se Ele é Filho apenas após a encarnação, você perdeu todo o amor do Pai ao enviar o Filho” (Collected Writings, vol. 25, págs. 230-231). Ele também disse: “'O Pai enviou o Filho para ser o Salvador do mundo'. Ele não enviou meramente uma ideia. Havia uma Pessoa viva de Quem é dito que foi enviada. Nem foi somente quando Ele foi enviado a este mundo, pois Ele diz: “'Eu saí do Pai, e vim ao mundo'” (Notes and Comments, vol. 2, pág. 281).
João 1:18 afirma, em referência a Cristo como o Filho de Deus “que está no seio do Pai”. A palavra “está” neste versículo refere-se ao presente eterno.
João 11:27 afirma que Cristo é “o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo”. As palavras “havia de vir” confirmam Sua preexistência à Sua Humanidade.
João 16:27-28 indica que Cristo, como o Filho de Deus, “saiu do Pai”. Isto mostra que Ele estava ao lado do Pai antes de Ele ter vindo a este mundo.
Em João 17, o Senhor Se dirige ao “Pai” como sendo o “Filho”. Esse relacionamento de Pai e Filho é mencionado por toda a oração. Duas vezes Ele faz referência a algo que existia entre Eles antes da fundação do mundo: a “glória” que Ele, como Filho, tinha com o Pai (v. 5) e o “amor” que Ele, como Filho, desfrutava do Pai (v. 24). Essas duas coisas mostram claramente que Ele estava com o Pai como o Filho antes de Sua encarnação.
Hebreus 5:8 mostra que houve um ponto na história pessoal do Senhor quando Ele, como “o Filho”, não sabia o que era ser obediente, nunca tendo sido submetido à obediência. Isso, é claro, foi antes que Ele Se tornasse um Homem. Este versículo afirma que, apesar de ser “o Filho”, quando Ele Se tornou um Homem, Ele teve que aprender a obediência como qualquer outro homem – somente, é claro, Ele aprendeu isso em perfeição. H. Smith disse: “Ele aprendeu por experiência o que custa obedecer” (Outline of the Epistle to the Hebrews, pág. 31).
1 João 1:1-2 afirma que Cristo, “a Vida Eterna”, estava “com o Pai” antes de ser “manifestada” neste mundo. O fato de que Ele estava “com o Pai” antes de vir ao mundo, mostra que Ele estava lá como o Filho, pois “pai” e “filho” são termos correlativos; não pode haver um pai sem que haja um filho! Por isso, Ele, como o Filho, preexistiu à Sua encarnação. O Sr. Darby observou: “O que é chamado de ‘A Filiação Eterna’ é uma verdade vital; de outra forma, perdemos o Pai enviando o Filho, e o Filho criando, e não temos Pai se não temos Filho” (Notes and Comments, vol. 2, pág. 300).
Hebreus 7:3 descreve as características do sacerdócio de Melquisedeque. O escritor inspirado não está dizendo que Melquisedeque não tinha pai ou mãe, mas que ele foi introduzido na Escritura (Gn 14) sem que ela nos desse qualquer detalhe sobre sua genealogia. Não está registrado quem era seu pai e sua mãe. O ensinamento simbólico que o Espírito de Deus usa é apresentar Melquisedeque como sendo uma pessoa eterna com um sacerdócio eterno. O escritor acrescenta, “feito semelhante ao Filho de Deus”, porque ele assume que todos sabemos que o Filho de Deus é eterno.
J. N. Darby disse: “A noção de Filiação em Cristo somente quando Encarnado é destrutiva para o gozo mais elementar da Igreja, e abominável para aqueles que têm comunhão pelo Espírito na verdade” (Collected Writings, vol. 3, pág. 89). Ele também disse: “Eu considero vital sustentar a Filiação antes dos mundos, isto é a verdade”.
J. G. Bellett disse: “É evidente que o Filho era o Eterno, o nome deste Eterno Filho é Jesus Cristo” (Bible Treasure, vol.6, pág. 57).
W. Kelly disse: “Sob todas as mudanças, externamente, Ele permanece desde a eternidade, o Filho Unigênito no seio do Pai. Portanto, o Filho estando nesta afável proximidade de amor, não tem a Deus somente, mas ao Pai” (Lectures Introductory to the Gospels, on John 1, pág. 463).
C. H. Mackintosh disse: “Questione a Eterna Filiação de Cristo, questione a Sua Divindade, questione a Sua Humanidade imaculada, e você terá aberto a porta da enxurrada para que uma onda desoladora de erro mortal se apresse a entrar” (Notes of the Pentateuch, Levítico, pág. 39)
W. T. P. Wolston disse: “O Pai nunca foi Encarnado e o Espírito de Deus nunca foi Encarnado, mas o Filho de Deus, o Verbo, ‘Se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade’ (Jo 1:14) O Filho Eterno entrou nesta cena, humilhando-Se a Si mesmo e tornando-Se um Homem” (Seekers For Light, pág. 107).
W. Scott disse: “‘O Filho unigênito, que está no seio do Pai’, é apenas uma vez registrado na Escritura, e é a declaração para nós da profundidade e ternura do amor no qual o Filho sempre habitou com Seu Pai” (Bible Handbook, Old Testament, pág. 72).
A. J. Pollock disse: “Sabemos, dos quatro evangelhos, qual das três Pessoas da Trindade o Senhor Jesus era: o Filho, o Filho eterno, o Filho de toda a eternidade... recusar reconhecer isto é o Espírito do anticristo” (The Amazing Jew, pág. 45).

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