domingo, 10 de setembro de 2017

UNIGÊNITO

UNIGÊNITO – Esse é um termo afetivo que um filho único tem nas afeições de seu pai (Lc 8:42; Jo 1:14, 3:16, 18; 1 Jo 4:9) ou mãe (Lc 7:12). Gerado, no sentido em que a palavra é usada nesse termo, não se refere ao início congênito de sua pessoa – seu nascimento. Uma prova clara disso é que o Senhor era “o Filho unigênito” antes que Ele nascesse neste mundo (Jo 3:16). A ênfase no termo é no único, e não no gerado. Cristo é o único e o unigênito Filho do Pai. Numa tradução livre, poderíamos ler: “o afetuosamente amado”.
Portanto, quando o termo “Unigênito” é aplicado ao Senhor Jesus, está se referindo ao Seu sempre-existente relacionamento com Deus, o Pai, como Seu muito amado Filho. Isso indica o prazer do Pai n’Ele. João 1:14 fala da glória que os homens contemplaram no Senhor quando O viram vivendo no gozo do amor de Seu Pai. João disse, num parêntese, que é semelhante ao que uma criança unigênita tem com seu pai, tendo a total e indivisa atenção e afeto de seu pai. (É por isso que no texto “unigênito do pai” (JND) não é escrito em maiúscula, pois se refere ao relacionamento humano de um pai com seu filho e o Espírito de Deus está usando isso para ilustrar a afeição que o Pai tem para com o Filho)[1]. Assim, o Senhor foi o objeto da atenção e deleite indivisos de Seu Pai (Mt 3:17), pois sempre habitou “no seio do Pai” como “o Filho unigênito” (Jo 1:18; Pv 8:30) e “o Filho do Seu amor” (Cl 1:13).



[1] N. do T.: J. N. Darby traduz João 1:14 como “E o Verbo Se tornou carne, e habitou entre nós [e temos contemplado Sua glória, uma glória como de um unigênito com um pai], cheio de graça e verdade”)

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