SACERDÓCIO DE CRISTO, O
– Essa é uma das duas funções que compõem o presente
trabalho do Senhor nas alturas para o Seu povo – Seu sacerdócio e Sua
advocacia. Ambos têm a ver com a intercessão (Rm 8:34), mas de diferentes
maneiras:
- Sua intercessão como Sacerdote tem a ver com a manutenção de Seu povo no caminho de fé para que eles não falhem (Hb 7:25).
- Sua intercessão como Advogado entra em operação se e quando eles falham no caminho de fé e precisam ser restaurados (Lc 22:32; 1 Jo 2:1-2).
Quanto
ao sacerdócio do Senhor, Ele intercede para nos ajudar no caminho. O efeito de
Sua obra de intercessão é que somos mantidos no caminho certo e, portanto,
somos salvos dos perigos espirituais no caminho (Hb 7:25). Como nosso Sumo
Sacerdote, Ele tem empatia com nossas fraquezas e debilidades, mas não com os
nossos pecados (Hb 2:17-18, 4:14-16).
Muitos
têm se perguntado por que alguns do povo do Senhor falham quando têm o Senhor
intercedendo por eles para que não falhassem? Eles ficam perplexos porque nosso
fracasso no caminho certamente não poderia ser devido a uma falha em Sua obra
sumo sacerdotal. R. F. Kingscote escreveu ao Sr. Darby perguntando-lhe sobre
isso e ele respondeu: “Intercessão é um termo geral, usado até mesmo do
Espírito Santo em nós (Rm 8); mas o sacerdócio (em Hebreus) é para com Deus,
por misericórdia e graça para ajudar em tempo de necessidade: advocacia é para
com o Pai para restaurar a comunhão quando pecamos. Você não tem o sacerdócio
por pecados em Hebreus porque o adorador, uma vez purificado, não tem mais
consciência de pecados. Isso responde suas três primeiras perguntas, só não o
final da terceira; ‘Por que falhamos?’ É porque faz parte do governo de Deus em
nos ter responsavelmente exercitados, embora não sem graça suficiente para nós
e o poder aperfeiçoado na fraqueza. Mas se esquecemos nossa fraqueza e
dependência, também esquecemos a graça e estamos a caminho de uma queda. Veja o
caso de Pedro, o Senhor não pediu que ele não fosse peneirado; Ele queria isso.
O mal não está na queda, por mais dolorosa que seja, mas no estado que ela
manifesta. Deus pode permiti-la para que possamos aprender isso” (Letters, vol. 2, pág. 274).
Assim,
se o nosso estado é fraco e não estamos ouvindo a voz do Senhor a esse
respeito, Ele pode nos permitir aprender dependência por meio de um fracasso
humilhante. Assim, em certas ocasiões, Ele pode deixar de interceder em Sua
forma habitual. No caso de Pedro, o Senhor não orou para que ele não caísse,
mas quando ele caísse, para que sua fé não desfalecesse (Lc 22:32). Sua
intercessão levou à restauração de Pedro. Assim, para ganhar com a intercessão
sacerdotal do Senhor, devemos ser responsavelmente exercitados a “por Ele” nos achegar “a Deus” (Hb 7:25), o que implica
expressar dependência em oração. Se habitualmente negligenciarmos isso, não
podemos esperar ser mantidos.
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