segunda-feira, 21 de agosto de 2017

MISTÉRIOS, OS



MISTÉRIOS, OS – O “Mistério”, na Escritura, não é algo misterioso e enigmático, mas um segredo revelado, o qual, antes de ser revelado, era desconhecido pelos homens (Dt 29:29). W. Kelly disse: “‘O Mistério de Sua vontade’ não significa algo que você não pode entender, mas algo que você não poderia saber antes que Deus lhe falasse... A palavra ‘Mistério’ significa aquilo que a Deus aprouve manter em segredo – algo que Ele não tinha revelado antes – mas que é bastante inteligível quando revelado. ‘Mistério’ no sentido popular, é totalmente diferente do seu sentido na Palavra de Deus” (Lectures on the Epistle to the Ephesians, pág. 25).
Os “mistérios de Deus” (1 Co 4:1, 13:2, 14:2) são certas linhas da verdade que Deus não fez conhecidas aos homens até a vinda do Senhor Jesus Cristo e o envio do Espírito Santo (Rm 16:25; Ef 3:5; Cl 1:26). Essencialmente, elas constituem a revelação da verdade Cristã. Os apóstolos eram os “despenseiros” desses mistérios e, portanto, eram responsáveis por fazer a Igreja conhecê-los (1 Co 4:1). W. Kelly disse: “‘Despenseiros dos mistérios de Deus’ significa aqueles chamados e responsáveis por divulgar as verdades especiais do Cristianismo” (An Exposition of Timothy, pág. 63).
Como crentes no Senhor Jesus Cristo, os Cristãos são privilegiados por terem sido trazidos a esses segredos do coração de Deus (Jo 15:15; Rm 16:25-26; Ef 1:8-9; Cl 2:2-3). Uma vez que essas verdades foram abertamente reveladas nos escritos inspirados dos apóstolos, elas são agora propriedade comum de todos os crentes. Portanto, não há algo como uma classe especial de Cristãos iniciados que tenham um “mapa interior” dessas coisas. Essas verdades preciosas são para toda a Igreja de Deus. A revelação Cristã da verdade não foi entregue aos apóstolos, mas sim pelos apóstolos aos santos”. Assim, os santos são os guardiões da verdade e devem “batalhar diligentemente” (ARA) por ela conhecendo-a, caminhando nela e divulgando-a (Jd 3).
Há uma série de referências a esses “mistérios” no Novo Testamento. A palavra“musterion”no texto grego  aparece umas 27 ou 28 vezes, e levou os que ensinam sobre a bíblia a categorizá-las. Alguns dizem que existem sete mistérios, outros dizem dez e outros, doze, catorze, dezessete etc. A diferença de opinião relativa a quantos realmente existem provém de não se ter em conta que algumas dessas referências falam do mesmo mistério, porém com uma redação ligeiramente diferente. A maioria diz que há dez e são:

1) Os mistérios do reino (Mt 13:11; Mc 4:11; Lc 8:10)

O Senhor indicou aos Seus discípulos que existem vários “mistérios” (plural) em conexão com o reino. Ele estava aludindo a um subconjunto de dez semelhanças delineadas no evangelho de Mateus, que são um tipo especial de parábola que começa com a frase: “O reino dos céus é semelhante a... (Mt 13:24, 31, 33, 44, 45, 47, 18:23, 20:2, 22:1, 25:1). Essas semelhanças descrevem a forma incomum que o reino tomaria neste momento em que o Rei está rejeitado e visivelmente ausente deste mundo. Essas parábolas servem a um duplo propósito. Elas dão um entendimento das coisas relativas ao reino para aqueles que receberam o Senhor, mas também ocultam a verdade daqueles que não creram n’Ele (Mt 13:10-17).
Essas dez semelhanças indicam que o reino no presente dia estaria sem um Rei visível, sem um centro administrativo terreno, sem fronteiras nacionais, e que a maioria dos seus súditos (os que meramente professam ser crentes) não considerariam a autoridade do Rei, e viveriam como se Ele não existisse. Além disso, essas semelhanças indicam que esse estranho conjunto de circunstâncias e a mistura de crentes verdadeiros com os meramente professos continuariam a existir no reino até a Aparição do Senhor. Esses “mistérios do reino” apresentam a verdade que era desconhecida nos tempos do Velho Testamento, mas agora está revelada a todos os que creem. (Veja:O Reino dos Céus)

2) O mistério da vontade de Deus a respeito de Cristo e a Igreja (Rm 16:25; Ef 1:9-10, 3:3-4, 9, 5:25-32, 6:19; Cl 1:26, 27, 2:2-3, 4:3)

Esse Mistério é chamado de “grande” porque é a pedra preciosa de todos os mistérios e é algo que está junto ao coração de Deus (Ef 5:32). Ele revela a verdade de Cristo e a Igreja, e apresenta o grande propósito de Deus de mostrar a glória desse relacionamento diante do mundo no dia vindouro.
A verdade revelada nesse Mistério estava “escondida” no coração de Deus desde a fundação do mundo (Ef 3:9). O segredo que agora foi feito conhecido é que Deus manifestará a glória de Cristo perante o mundo por meio de um vaso de testemunho especialmente formado – a Igreja, que é o Seu corpo e a noiva (Ef 1:22-23, 5:25-32; Ap 21:9-22:5). Essa manifestação será em duas esferas (no céu e na Terra) e acontecerá na “dispensação da plenitude dos tempos”, que é o Milênio (Ef 1:10 – “o Cristo” refere-se à união mística de Cristo e a Igreja). W. Kelly disse: “Há duas grandes partes neste Mistério guardado, mas que agora é manifesto. A primeira é que Cristo deve ser estabelecido no céu acima de todos os principados e poderes, e receber o universo todo dado a Ele como Cabeça sobre a herança, sob o fundamento da redenção – Ele próprio, exaltado como Cabeça sobre todas as coisas tanto celestiais como terrenais, e a Igreja unida a Ele como Seu corpo – sendo Ele assim dado como Cabeça à Igreja sobre todas as coisas. Então, o outro lado do Mistério é Cristo nos santos aqui embaixo... Em Efésios, o apóstolo enfatiza mais sobre o primeiro desses aspectos, em Colossenses sobre o segundo” (Lectures on Colossians, pág. 107).

3) O mistério da fé (1 Tm 3:9)

Isso se refere à revelação especial da verdade que foi revelada pela vinda do Espírito Santo. Isso envolve as bênçãos específicas do crente em conexão com a doutrina de Paulo e as instruções da conduta do Cristão de acordo com a presente dispensação (1 Tm 1:4 – JND). Tudo isso era desconhecido nos tempos do Velho Testamento.

4) O mistério da piedade (1 Tm 3:16)

Isso se refere ao segredo da vida piedosa. Paulo disse a Timóteo que, se ele quisesse saber “como convém andar na casa de Deus” (1 Tm 3:15), tudo o que precisava fazer era olhar para o Senhor Jesus e Seu caminho perfeito neste mundo. Assim, o segredo de ser piedoso é conhecer o andar e maneiras de Cristo e imitá-Lo. Isso não poderia ter sido algo que os santos do Velho Testamento conheciam porque Cristo ainda não havia vindo para nos dar o padrão perfeito de piedade. W. Kelly disse: “O segredo (agora revelado) de piedade é a verdade de Cristo. Ele é a fonte, o poder e o padrão do que, de uma maneira prática, é aceitável a Deus – Sua Pessoa, como agora é conhecida” (An exposition of Timothy, pág. 72). A meditação n’Ele e em Sua caminhada nos levará a imitar Sua vida, e assim caminharmos em verdadeira piedade neste mundo.

5) O mistério da glorificação dos santos (1 Co 15:51-57; 1 Ts 4:15-18)

Isso se refere à revelação da verdade sobre a “vida e a incorrupção” que é trazida à luz por meio do evangelho (2 Tm 1:10). A ressurreição, em si mesma, não era um segredo. Os santos do Velho Testamento sabiam que Deus ressuscitaria os mortos e eles esperavam pelo momento em que isso aconteceria (Jó 14:10-14; Sl 16:10-11, 17:15). Na verdade, fazia parte da fé judaica ortodoxa (Jo 11:24; At 23:8, 26:8; Hb 6:2). Mas eles não sabiam a maneira na qual eles seriam ressuscitados, e a condição em que eles seriam mudados. Nem sabiam quando isso ocorreria. Eles simplesmente acreditavam que de alguma forma isso aconteceria “no último dia” (Jo 11:24).
Essas coisas foram trazidas à luz pelo evangelho e são um segredo revelado no Novo Testamento. Agora sabemos que os santos que “em Jesus dormem” (1 Ts 4:14) serão ressuscitados “incorruptíveis” – uma condição glorificada – no momento do Arrebatamento (1 Co 15:51-56; Fp 3:21; 1 Ts 4:15-18). Também sabemos que, no mesmo momento, os santos vivos também experimentarão uma mudança milagrosa de glorificação e se revestirão “da imortalidade” (Rm 8:11; 1 Co 15:53; 2 Co 5:4). O resultado será que os santos “trarão a imagem do celestial” – Cristo (1 Co 15:49). Eles serão como Ele moralmente (1 Jo 3:2) e fisicamente (Fp 3:21). Isso não era conhecido nos tempos do Velho Testamento.

6) O mistério das estrelas e dos castiçais (Ap 1:12, 20)

Isso se refere à responsabilidade que os anciãos/bispos têm (nas assembleias locais onde residem) para ordenar a assembleia de acordo com a mente do Senhor na doutrina e na prática. Ao interpretar o que João tinha visto na primeira visão do livro (Ap 1:12-16), o Senhor explicou que “os sete castiçais de ouro” são as assembleias locais estabelecidas na Terra como um testemunho público para Ele como portadores da luz nas comunidades onde estão localizadas. Ele também disse que as sete “estrelas” são os “anjos” dessas assembleias, e que estes estavam em Sua “mão direita” (Ap 1:20, 2:1). Como “estrelas”, os anciãos nessas assembleias eram para fornecer luz, sabedoria e orientação para as várias situações que as assembleias enfrentariam. Sendo também chamados “anjos” indica que esses líderes espirituais deveriam agir como mensageiros do Senhor, assegurando-se de que as coisas fossem feitas corretamente. O fato de que eles estavam em Sua “mão direita” indica que eles deveriam agir por Ele como Seus representantes e, portanto, eram diretamente responsáveis a Ele. Isso também não era conhecido nos tempos do Velho Testamento, porque essa função pertence apenas à Igreja e seu testemunho na Terra, e a verdade da Igreja naqueles dias ainda não havia sido revelada.

7) O mistério da oliveira (Rm 11:25)

Esse mistério tem a ver com a verdade dispensacional que é o ensino bíblico que distingue as várias dispensações (administrações) que a casa de Deus tem tido, ou terá, através dos tempos (Veja: Dispensações). A verdade dispensacional em conexão com “a oliveira” refere-se à suspensão da dispensação da lei na qual Deus tem tratado com Israel. Isso foi provocado por causa da rejeição de Cristo pelos judeus. Durante essa suspensão, Deus alcançou os gentios e os trouxe a uma posição de favor. Isso é indicado em Romanos 11:17, onde o apóstolo Paulo afirma que os ramos naturais da oliveira foram “quebrados” e os ramos de “zambujeiro” (uma oliveira brava – que não dá fruto) foram enxertados na árvore. Isso não significa que o mundo dos gentios tenha sido salvo pelo evangelho, mas que essa oportunidade e graça foram estendidas a eles.
A passagem menciona que a massa dos gentios, que exteriormente (professamente) abraçará esse privilégio, provará ser incrédula como os judeus também foram, como ramos, e serão “cortados”, e que Deus enxertaria novamente os ramos naturais (Rm 11:18-24). Paulo acrescenta que esse re-enxerto não ocorreria “até que a plenitude dos gentios haja entrado” (Rm 11:25). Isso se refere ao número total de crentes entre os gentios que foram “ordenados para a vida eterna” (At 13:48), crendo no evangelho e sendo salvos. Uma vez que isso tenha acontecido, Paulo diz que Deus vai voltar a Sua atenção para Israel novamente e salvará a nação (Rm 11:26-29). Mais uma vez, essa divulgação aos gentios não é encontrada no Velho Testamento, e, portanto, os santos do Velho Testamento não sabiam nada disso (Dt 29:29).

8) O mistério da iniquidade (2 Ts 2:7)

Esse “mistério” tem a ver com o espírito de desobediência que está ativo na profissão Cristã e no mundo de um modo geral. Refere-se à atividade da mente humana em oposição à vontade de Deus em todas as coisas, tanto divinas como seculares, pela influência do diabo. A atividade oculta da iniquidade já estava acontecendo nos dias dos apóstolos, e continuaria a crescer até ser plenamente manifestada na apostasia do “homem do pecado” (o anticristo).
Não é que Deus não tenha colocado restrição à atividade da iniquidade. O apóstolo Paulo menciona que Deus tem dois que detém essa atividade, que Ele mesmo estabeleceu na Terra que trabalham para restringir o progresso da iniquidade. Paulo os define como:
  • Aquilo que o detém” (2 Ts 2:6 – TB).
  • Aqu’Ele que agora o detém” (2 Ts 2:7 – TB). 
Aquilo que o detém” refere-se ao princípio de lei e de ordem no governo humano que Deus colocou na mão do homem para exercer após o dilúvio (Gn 9:5-6; Ec 5:8; Rm 13:1-7). J. N. Darby disse: “Aquilo que o detém’, portanto, é o poder de Deus atuando no governo aqui na Terra, com autorização d’Ele. O mais grosseiro abuso de poder ainda possui esse último caráter. Cristo disse a Pilatos: ‘Nenhum poder terias contra Mim, se de cima te não fosse dado’. Perverso tanto quanto ele era, seu poder é reconhecido como vindo de Deus” (Synopsis of the Books of the Bible, em 2 Tessalonicenses 2). O Sr. Darby também disse: “Aquilo que o detém’ no grego significa algo. O que é isso? Deus não nos disse o que é, e isso, sem dúvida, porque aquilo que resistia então, não é o mesmo que resiste agora. Então, isso foi, em certo sentido, o Império Romano, como pensavam os pais, que viam no poder do Império Romano um obstáculo para a revelação do homem do pecado e, assim, oraram pela prosperidade desse império. Atualmente, o obstáculo é a existência dos governos estabelecidos por Deus no mundo” (Collected Writings, vol. 27, págs. 302-303).
O segundo Restritor que Paulo menciona é Aqu’Ele que agora o detém” (2 Ts 2:7). Isso se refere a uma Pessoa divina – o Espírito Santo que reside na Terra, na Igreja – agindo para conter o mal em várias esferas. O apóstolo Paulo diz que o Espírito restringirá “até que do meio seja tirado”. Assim, haverá um tempo em que o Espírito Santo não residirá mais na Terra. Como o Espírito habitará na Igreja “para sempre” (Jo 14:16), quando a Igreja for tirada da Terra pelo Senhor, no Arrebatamento, o Espírito também sairá da Terra naquele momento. E. Dennett disse: “O que Paulo ensina em 2 Tessalonicenses 2 é que o que restringe a manifestação desse monstro de iniquidade no presente momento é a presença do Espírito Santo na Terra, na Igreja” (Christ as a Morning Star and the Sun of Righteousness, pág. 46). O Espírito, tendo sido “tirado”, não significa que Ele deixará de agir na Terra. Ele continuará trabalhando na Terra, mas será desde o céu como Ele fez nos tempos do Velho Testamento.
Iniquidade existe no mundo e na Igreja. Apostasia – o abandono de uma profissão feita por alguém concernente à verdade – também está em atividade. (Os verdadeiros crentes não apostatam. Eles podem ser levados juntamente com a atual apostasia e podem começar a abrir mão de certas doutrinas e práticas, mas nunca abandonarão publicamente a profissão de sua fé em Cristo). A atividade oculta da iniquidade está aumentando na Terra porque o primeiro restritor está lentamente enfraquecendo em razão do aumento constante da apostasia no governo humano. Além disso, como o Espírito de Deus está cada vez mais sendo desconsiderado pelos Cristãos, Ele está Se tornando cada vez mais Entristecido e, consequentemente, não está exercendo Seu poder para conter o mal como Ele poderia, se Lhe fosse dado o Seu legítimo lugar no testemunho Cristão. Mas quando a Igreja e o Espírito Santo são “tirados do caminho”, o mal inundará, de forma sem precedentes. Esse segredo revelado nos dá a conhecer que há um fim para a atividade da iniquidade nos julgamentos do Senhor em Sua Aparição (2 Ts 2:8).

9) O mistério da Babilônia, a mãe das prostitutas (Ap 17:5)

Esse mistério revela que depois que a verdadeira Igreja for chamada da Terra no Arrebatamento, a falsa igreja dos crentes meramente professos (que serão deixados para trás) será encabeçada pelo sistema católico romano. Terá o caráter de confusão religiosa e blasfêmia pelas quais a Babilônia foi conhecida na história; daí o mesmo título é dado a esse sistema. A falsa igreja usará seu dinheiro e influenciará a esfera política para unir as nações na Europa ocidental em uma confederação de dez países (Ap 6:1-2, 17:12-13). Esse é realmente o renascimento do Império Romano (Dn 2:40-43, 7:7-8; Ap 17:7-11). Assim, a Igreja de Roma, em sua corrupção eclesiástica, controlará as superpotências ocidentais, conforme retratado na mulher que está assentada sobre uma besta (Ap 17:1-4). Esse poder de controle durará apenas “um pouco de tempo” (Ap 17:10). Ou seja, só os primeiros três anos e meio da 70ª semana de Daniel (Dn 9:27). No meio da semana profética, a esfera política do império energizada por Satanás se levantará e destruirá esse sistema religioso corrupto (Ap 17:16-18). Como todo o assunto da Igreja não era conhecido pelos crentes do Velho Testamento, a existência da falsa igreja e sua corrupção também é algo que não conheciam.

10) O mistério de Deus (Ap 10:7)

(Esse “mistério” não é o mesmo que “o Mistério de Deus” em Colossenses 2:2, que é um aspecto do Mistério de Cristo e a Igreja.) O “mistério” em Apocalipse 10 tem a ver com o segredo dos “caminhos” de Deus para com os homens, que são “inescrutáveis” (Rm 11:33), finalmente sendo esclarecidos. Por milhares de anos, Deus permitiu que os homens maus continuassem em sua maldade e aparentemente evitou punir isso. Na verdade, a Sua paciência e tolerância com o pecado e os pecadores neste mundo causam perplexidade. No entanto, quando Cristo intervier publicamente em Sua Aparição, Ele julgará este mundo com justiça (At 17:30-31), e o mistério de Deus será “cumprido [completado – JND]. Isto é, quando Deus traz Seus juízos sobre a Terra, esse mistério se tornará um segredo revelado, e a justiça de todos os Seus tratamentos por todos os tempos será vista, e assim Ele será justificado em tudo.
A maligna atividade das trevas que está acontecendo hoje, aparentemente sem controle, sempre foi difícil para o homem entender. Muitas vezes, é perguntado: Por que Deus permite que o mal continue e cresça no mundo sem julgá-lo? Essa perplexidade é descrita na queixa de Asafe no Salmo 73. Enquanto todos os mistérios anteriores nos foram agora revelados, devemos esperar por esse último mistério ser revelado – o que acontecerá quando o Senhor aparecer.
W. Kelly disse: “O mistério aqui não é Cristo e a Igreja, mas Deus permitindo que o mal continue em seu curso atual com aparente impunidade” (The Revelation Expounded, pág. 127). Ele também disse: “Deus porá um fim ao mistério de Sua atual aparente inatividade no governo público da Terra” (The Revelation Expounded, pág. 126). H. Smith disse: “O mistério de Deus nessa passagem refere-se ao fato de que, por longo tempo, Deus não interveio publicamente nos assuntos dos homens. A maldade dos homens cresceu sem controle sem haver qualquer ação pública por parte de Deus. Os homens foram autorizados a satisfazer suas concupiscências, alcançar suas ambições, aumentar sua rebelião contra Deus e perseguir Seu povo. Através dos séculos, o povo de Deus foi torturado, banido de suas casas e martirizado em fogueiras e Deus aparentemente não interferiu. Tudo isso – que tem sido chamado de o silêncio de Deus – é um grande mistério”.



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